A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

31
Out 09

 
 
  O “Lixo dos lixos” não é «O lixo».
O lixo anda por todo o lado. Começa nas nossas casas. Todos os dias levamos para os “eco-pontos” lixo todo arrumadinho e separadinho, para que as empresas de reciclagem tenham o trabalho simplificado.
O lixo, também abunda nas ruas dos nossos bairros, das nossas cidades e, também esse, é arrumadinho para a reciclagem.
O lixo, também existe, e muito, e da forma mais ortodoxa, em muitos gabinetes dos modernos edifícios com ar condicionado, máquinas de café, água, chá e refrigerantes nos corredores. Também têm salas exclusivas para fumadores, e sofás de descanso, quiçá, para aquela valente sesta.
O lixo existe nos sítios onde menos esperamos.
Estava muito longe de imaginar, que o lixo, estivesse na origem de grandes novos impérios, com “resíduos” espalhados por muitos gabinetes.
O lixo, por muito esforço que se faça, cheira sempre muito mal.
Estava muito longe de imaginar, que o lixo, fosse a “face descoberta” de tamanho negócio, assente em alegados crimes de corrupção e tráfico de influências.
Espero, que os investigadores, Juízes e magistrados, enfim, a justiça duma forma geral, tenha o lixo bem limpinho e consiga chegar a conclusões rapidamente. Os portugueses não têm todo o tempo do mundo e estão fartos de lixo.
SBF
(Gravura: Wikipédia)
publicado por voltadoduche às 01:15
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30
Out 09

 

Eu, Leonor de Teles
De María Pilar Del Hierro
D. Fernando I, subiu ao trono com 22 anos em 1367 em sucessão de seu pai D. Pedro I. Foi o nono rei de Portugal, último da dinastia “Afonsina” ou de Borgonha, tinha o cognome de O Formoso ou O Belo, decerto à conta da sua fisionomia, e morreu 16 anos depois de ser Rei, em 1383, às mãos da sua esposa, conhecida por “Dama Maldita” e de nome D. Leonor de Teles.
E é desta Leonor de Teles, figura sinistra da nossa história, que trata o livro de María Pilar.
Sobrinha do Conde de Barcelos, e antes casada com o Morgado de Pombeiro, a quem fez a vida negra, tendo depois, por influência do Rei que por ela se apaixonara, conseguido desfazer o casamento, abrindo a grande janela de oportunidade para se tornar Rainha. Leonor de Teles e D. Fernando I, casaram-se em segredo em Leça do Bailio a 15 de Maio de 1372. Pouco depois os filhos chegaram e, com a ratificação do Papa, tudo corria de feição à Dama maldita.
 Entretanto, e como lhe estava no sangue, tolheu-se de amores e desejo, pelo Castelhano Conde de Andeiro. Embora não esteja “preto no branco” na história, foi-se dizendo e no romance assim se dá a entender, que o veneno foi sendo ministrado devagarinho para não levantar suspeitas, até que a morte bate à porta de D. Fernando.
Leonor torna-se regente do Reino, e em muito pouco tempo, o Mestre Avis manda eliminar o Conde de Andeiro, expulsa-a de Portugal e é aclamado El-Rei D. João I de Portugal, primeiro da dinastia de Avis.
 A autora, María Pilar, é licenciada em História Moderna e Contemporânea, pela Universidade Autónoma de Barcelona, tem uma vasta obra onde se inclui o romance Inês de Castro de 2004, que também já li e gostei.
Este livro é uma edição da “Esfera dos Livros” com a 1ª em Outubro de 2006.
SBF
(Gravura: Capa do Livro)
publicado por voltadoduche às 01:40
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29
Out 09

 

Os anais da nossa investigação criminal, principalmente de colarinho branco, ou pelo menos, “clarinho”, estão cheios de títulos inspirativos para obras policiais de inquestionável qualidade, primeiro pela escrita e, depois, quem sabe, mesmo via “sétima arte”.
São mais alguns nomes sonantes que aparecem alegadamente ligados a intrincados processos de tráfico de influência e corrupção.
Não duvido da capacidade e vontade da nossa polícia de investigação, mas depois… não consigo entender, e penso que muitos portugueses continuam sem perceber, a montanha vai, devagarinho… “parindo” ratos – ratos não! Ratinhos! Porque grande parte das vezes, são tão pequeninos, que nem se dá por eles.
De quando em vez, damo-nos conta, que noutras paragens do nosso planeta, processos com grande complexidade, chegam mesmo ao fim e com resultados, é só ver o tamanho das “ratazanas”, comparadas com os nossos “ratinhos”. Há poucos dias, em França, foram condenados a penas efectivas, nomes graúdos da sociedade francesa, resultado de altos negócios com tráfego de armas, pelos anos noventa, conhecido por “angolagate”.
Vamos ver agora, com este novo mega processo, se os nossos investigadores, juízes, Magistrados e todo o pessoal do costume, conseguem destapar esta “face oculta”. Vamos esperar, mas é melhor sentados.
SBF
publicado por voltadoduche às 23:20
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28
Out 09

 

“Não vou à bola” com os dias mundiais, universais ou nacionais, seja do que for. Não quer dizer que não perceba a intenção. Em muitos casos é a única forma da comunicação social falar de determinado problema.
Já em relação à Terceira Idade, é um bocado ao contrário – Fala-se, fala-se…, e não se resolve o problema, que, não é nada fácil. A esperança de vida continua a subir, e ainda bem, as famílias vão ficando separadas com os filhos a criarem o seu próprio núcleo familiar. Nas áreas urbanas saindo para os subúrbios e nas zonas rurais saindo para as urbanas.
Para além de todos os problemas inerentes à falta de dinheiro para comida e remédios, da solidão, de maus tratos e tudo com que diariamente somos confrontados, existe uma questão que vem sendo muito discutida. Colocação dos idosos em lares, sim ou não? Desenvolvimento, como alternativa, das redes de apoio ao domicílio, sim ou não?
Parece-me, cada vez mais, que a opção “lar”, deve ser repensada. Ao longo do tempo, foi sendo utilizada e explorada como “armazenamento”. Evidentemente que existem excepções, só que, são tão caras, que 90% da população não pode suportar.  
Há 3 ou 4 anos, foi criada uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho, que se designou “Rede Nacional de Cuidados Continuados” incluindo a rede já existente, embora residual, de “Cuidados Paliativos”. Objectivo central deste trabalho, que já vai colhendo os seus frutos, é o apoio domiciliário em vez da colocação em lares. Como complemento do domicílio, porque o idoso precisa de cuidados de saúde que não justifica o internamento hospitalar, estão a ser criadas unidades para permanência do idoso, até que possa regressar a casa.
Importa referir, porque são “peças” indispensáveis nesta máquina, O VOLUNTARIADO. São muitos milhares por esse País fora; Nas IPSS’s, nas Comissões Sociais dos Municípios ou Freguesias, nas Paróquias ou organizações Sociais doutras religiões, nos Centros de Saúde, nos Hospitais, nas Misericórdias, etc, etc. O País, nós todos, estamos eternamente em dívida com O VOLUNTARIADO. A opção, “apoio domiciliário” é, na sua grande maioria, trabalho de voluntários. São autênticos vizinhos que “estão sempre por perto”.
Se vivermos, todos vamos ser um dia, «MAIS UM IDOSO»
SBF
publicado por voltadoduche às 13:23

27
Out 09

Não estou a ver mal?

Não, é mesmo verdade!

A equipa SAPO, colocou o meu blog em destaque.

Muito obrigado à equipa e a todos os que me visitam, tentarei corresponder a esse "CLICK"

 

SBF (Silvestre Brandão Félix)

publicado por voltadoduche às 17:44

26
Out 09

Será pela distância física entre Portugal e Moçambique, que a comunicação social portuguesa tem ignorado o processo eleitoral Moçambicano que culmina na próxima 4ª Feira, com a ida às urnas para eleições Presidenciais, Legislativas e Provinciais?
Bem sei que, quando as coisas correm bem, ou pelo menos, normalmente, o assunto pode não ser apelativo para os “média”, as “parvoeiras” do Saramago, Berlusconi, Sarkozy, ou do Alberto João, têm muito mais interesse…, mas que diabo, o que está em causa é um processo eleitoral num País africano do universo da Lusofonia, irmão e nosso parceiro.
A única notícia de Moçambique que vi nestes últimos dias com algum destaque, foi uma “Grande Reportagem” da Cândida Pinto, transmitida ontem na SIC. Tratava dos “órfãos da SIDA”. Trabalho com muito interesse, e que mostra duma forma clara, como por vezes, tão pouco, pode ser muito, para uma tão grande quantidade de seres humanos que vivem no limite da vida. Como os nossos problemas ficam pequeninos perante tamanhas dificuldades e como as nossas crianças se mantêm bebés por tanto tempo, comparando com as crianças da reportagem, que ficam “adultas” tão rapidamente.
Na presença de tão trágica realidade, em que o essencial se resume a uma refeição (vegetais+coco+ às vezes, arroz) diária e meia carcaça, quando se pergunta o que faz falta, quase sempre se ouve como resposta – “Está tudo bem!”
A SIDA em África, e particularmente em Moçambique, tem feito uma razia enorme naquela faixa - etária entre os 18 e 30 anos, em que as famílias são compostas por muitos filhos ainda pequenos. O resultado são milhões de crianças órfãs, que a juntar a essa condição, vêm as dificuldades comuns a toda a sociedade.
Se por absurdo, eu tivesse que escolher outro País para viver, sem ser Portugal, seria Moçambique. Os meus amigos Moçambicanos sabem que é verdade.
SBF
publicado por voltadoduche às 13:50

23
Out 09

O Primeiro-Ministro indigitado apresentou o novo Governo ao Presidente da Republica.
Dos comentários que já ouvi e li, as expectativas são boas.
Há muita esperança na capacidade de entendimento com as corporações, sem que isso signifique, capitulação!
O investimento público tem de continuar,
O simplex deve seguir o seu caminho,
O plano tecnológico não pode parar,
A reforma na administração pública, mesmo com governo sem maioria absoluta, não pode recuar.
A educação e o ensino vão ser a garantia do sucesso ou insucesso deste governo. A nova Ministra da Educação, conseguirá encontrar consensos suficientes, para mobilizar os professores na recuperação do tempo perdido em lutas “intestinas” que não serviram a ninguém.
SBF
(Foto: Internet – Sapo)
publicado por voltadoduche às 01:32

 

Na Madeira, Campos e Cunha, primeiro ministro das finanças de José Sócrates, veio mais uma vez, profetizar desgraça para o País.
Para quem ainda tinha dúvidas, aí está, um bom sucessor de Medina Carreira.
Fala, como o MC, como se Portugal fosse uma ilha. A tendência para a deflação está em toda a Europa, o desemprego a dois dígitos, está em toda a Europa, os deficit’s orçamentais estão em praticamente todos os países da EU, o endividamento é regra por todo o mundo, enfim, a crise é geral e, só agora, começam os sinais de inversão. A generalidade dos indicadores de Portugal, estão dentro da média europeia e, alguns, estão mesmo melhor. E este senhor, continua a tentar fazer querer a quem ainda o ouve, que os números da crise são exclusivos do nosso País.   
Como é que alguma vez Sócrates pode convidar para o governo, um fulano destes.
Livrem-nos destas “aves” agoirentas!
SBF
publicado por voltadoduche às 01:30

22
Out 09

 

 

 
 
 
 
 
 
por esses caminhos acima,
vamos, vamos subindo, subindo sem fim!
os ouriços de castanhas cheios, que vêm caindo de muito alto no começo do Outono húmido e frio.
o castanheiro é altivo na borda da nossa Serra, e os ouriços não lhe pedem licença, e, sem aviso, correspondem ao que a força da gravidade lhes pede, só param no chão.
por esses caminhos acima,
imaginamos veredas floridas, que ficaram naqueles idos em tempo de sonhos perfumados, e desejados destinos em molduras de pétalas caídas.
por esses caminhos – caminhados
num desassossego permanente, ultrapassando sempre, sempre em solavancos ameaçadores, para chegar outra vez aos dias a crescer de luz, e aos sorrisos alegres e cheios de esperança e confiança para outra caminhada,
por esses caminhos acima…   
SBF
(Gravura: Internet)

 

 

publicado por voltadoduche às 00:57
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21
Out 09

 

José Saramago de braço dado com a polémica. Ele próprio é a “polémica”. É o confronto que lhe dá vida. O seu último livro, “A viagem do Elefante”, foi demasiado pacífico para ele. Depois de o publicar, deve ter tido algumas “dores de barriga”, pela maneira calminha como foi acolhido, comprado e lido pelos seus leitores.
É bom que um escritor, ainda por cima com as credenciais de Saramago, seja polémico, e que os seus livros sejam razão de muito trabalho para os críticos literários, e que, duma maneira geral, a sociedade fale deles.
Já comprei o “Caim” e vou lê-lo como obra literária que é. Espero gostar do livro, como costuma acontecer com todos os que leio do mesmo autor.
O “homem/cidadãoJosé Saramago é que continua a falar demais e nem sempre bem. Ele, que sempre diz não existir Deus, julga-se, ou pelo menos parece, o próprio Deus. Ele pode ser Ateu, como tanta gente o é, mas não precisa desrespeitar quem não é, quem é crente Católico, simplesmente Cristão, Judeu, Muçulmano ou de qualquer outra religião.
José Saramagohomem/cidadão” parece esquecer-se que cerca de 80% da população da “Ibéria” (Portugal+Espanha), como ele tanto gosta de referir, é Católica. A estes, ainda se juntam mais cerca de 10%, simplesmente Cristãos. Ele, quando afronta os crentes da forma como o faz, coloca-se, ilegitimamente, num plano superior aos restantes.
Somos um País livre, onde vivem homens e mulheres livres. A liberdade religiosa, política e de expressão, são os bens mais preciosos da nossa democracia. A polémica não passa disso mesmo. As opiniões de Saramago sobre religião, e dos que dele discordam, como eu, são o tempero da nossa sociedade. Saibamos retirar do contraditório, o melhor do nosso pensamento para que o sentido seja sempre evolutivo.  
SBF
publicado por voltadoduche às 01:14

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