Lembro-me onde estava, o que fazia e quem me acompanhava, quando ouvi a notícia da morte de Carlos Paião no rádio que sempre ouvíamos no escritório da empresa onde trabalhava, no edifício 25 do terminal de carga do aeroporto de Lisboa.
Ao longo da vida, não são muitos os acontecimentos em que temos a lembrança em pormenor do tempo, local e circunstâncias, em que deles temos conhecimento. São de facto poucos, e, esta notícia, a 26 de Agosto de 1988, é uma excepção porque foi, para mim, muito importante.
Era uma personalidade muito querida da generalidade dos portugueses. Era um artista com um A muito grande. Compositor, escreveu perto de 500 canções, e cantor com cerca de 50 gravadas, e muitos outros artistas também cantaram canções suas. Se com 30 anos, era essa a idade quando morreu, tinha esta produção, não é difícil imaginar o que seria se tivesse continuado entre nós.
O meu tributo a Carlos Paião!
SBF
(Retrato: Tributo – Portugal Rebelde)