Não tenho andado por aqui porque tomei o caminho do sul.
Depois dos “santos” e dos “gémeos”, o desnorte leva-nos para o calor na direcção do meridiano.
O reino dos Algarves aproxima-nos do deserto e do continente africano onde tudo começou e onde o Preste João guardava as especiarias levadas em tempo de nascimento do salvador.
O braseiro do Algarve na raia de Espanha, amansa-nos as vontades e faz-nos suar as estopinhas.
Este sol ao sul, mesmo sem suão, queima que nem pira engalanada na praça medieval, na execução do mandado da inquisição que nos diminuiu, nos atrasou, nos embruteceu e nos tornou pecadores de pecados cometidos pelos outros.
Pelo reino dos Algarves ficarei até que a execução orçamental me mande de volta à brisa temperada de que já tenho saudades.
SBF