Ontem apareceu na comunicação social, uma mãe adolescente com toda a família atrás, reclamando uma criança de cerca de dois anos e meio, que está relacionada para adopção, depois de ter sido entregue à protecção do estado pelo tribunal, quando tinha dois meses de idade. A este propósito, fiz o seguinte comentário no “Expresso online”:
“Mas então o que é que mudou tanto em dois anos e meio?
Se o Martim agora tem uma família muito grande e que o ama muito, a mesma situação e os mesmos sentimentos já não existiam há dois anos e meio?
Há muita coisa que não está a ser devidamente passada para a opinião pública.
Das duas uma; Ou, aquando do nascimento da criança, a mãe e família não garantiram o necessário amparo do bebé, a ponto da segurança social entrar em campo e cumprir a sua obrigação, ou, a família inteira queria muito e tinha condições para tratar do Martim e, a segurança social, vestindo a pele do lobo mau, foi lá, e levou o menino.
É preciso que se diga tudo e não se intoxique a opinião pública.
Neste momento, se a criança ainda não foi adoptada, e se se verificar existirem condições para o seu regresso à família biológica, acho que, com todas as cautelas e sem pressões de protestos, greves de fome, directos de TV’s, o devem fazer.”
SBF