A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

29
Mai 09

 

HFF: Está lá? É o senhor SBF?
SBF: Sim, sou eu!
HFF: Muito boa tarde.
SBF: Boa tarde!
HFF: É para lhe dizer que acabamos de marcar a repetição da sua colonoscopia para o próximo dia … às 16 horas. Pode ser?
SBF: Sim, pode! Às 16 h? Então para a próxima semana vou aí ao guiché confirmar e levantar as instruções para a preparação. Estou a falar com?
HFF: Sou a ……., senhor SBF não se esqueça das análises.
SBF: Ok, na 2ª F vou já fazê-las. Muito obrigado, boa tarde!
HFF: Adeus, boa tarde e até para a semana!
Pólipos para cá, pólipos para lá.
Lá vamos fazer mais um passeio turístico às profundezas do “intestanóide” e visitar os primos “pólipos”.
Com tanta prática, já consigo umas fotos dignas de exposição “tipo CCB”.
Em tempo contado em dias, faltam mais de oito, mas já começo a sentir aquele frio na barriga, e a dor, e a depressão vem.
E a campanha eleitoral? Qual campanha? E eles continuam a falar das mesmas coisas, e eles continuam a falar de nada, e eles continuam a fazer pose de importantes quando botam discurso, e eles continuam a olhar, quando conseguem, para o umbigo.
SBF
publicado por voltadoduche às 20:09

 

 
Os noticiários abrem com notícias, ou melhor, repetição de notícias de problemas de justiça ou, na maior parte das vezes, de injustiça.
Neste momento, há três ou quatro processos com tal empenho mediático, que dão para sustentar a informação regular das televisões, rádios e alguns jornais e ainda para a realização de programas especiais.
O engraçado disto tudo, é que o miolo destas intervenções “informativas”, quase nunca acrescenta novidades ao que já se sabe e já se disse. Para além de que, está sempre tudo em segredo de justiça, pelo que as intervenções dos jornalistas, comentadores, advogados e outros convidados, são quase sempre especulativas.
Quando, numa ou outra vez, o repórter chega à fala com algum protagonista do processo, este, se é juiz ou procurador, não pode falar do assunto em concreto, se é arguido ou queixoso, também não pode falar porque está obrigado ao segredo de justiça.
O cidadão está cada vez menos crente nesta justiça. A situação encaminha-nos para esta descrença.
SBF
publicado por voltadoduche às 10:14
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Há exactamente 653 de tempo contado em anos, em 28 de Maio de 1357, na cidade de Lisboa, morria o sétimo rei de Portugal e dos Algarves, D. Afonso IV cognominado “O Bravo”.
De reinado bastante longo, trinta e dois de tempo contado em anos, entre 1325 e 1357, de poucas linhas seria composta a biografia de “O Bravo”, não fora ter sido filho de D. Dinis e de Isabel de Aragão, conhecida para a história por Rainha Santa Isabel porque, pelas beiras da Quinta das Lágrimas em Coimbra, estando certo dia caminhando, com o colo cheio de pães para os pobres, e, em contra-caminho, à vista, El-Rei D. Dinis seu marido, que não ia lá muito à “bola” com a caridade da mulher Rainha, assistiu-se mais ou menos a este diálogo, em cima do embaraço natural da Santa:
 D. Dinis: Que levais no teu regaço senhora?
Rainha Santa Isabel: (Abrindo o regaço e mostrando o seu conteúdo) São rosas Senhor.
(E diz a história, que estavam lá rosas onde antes estavam pães e as rosas viraram milagre e a Rainha virou Santa.)
Pegando no fio da história, e esclarecida a ascendência, passamos à descendência do sétimo que era pai de D. Pedro I, que por sua vez, também deve mais a sua notoriedade ao facto de ter protagonizado o amante fervoroso de Inês de Castro, do que pelos feitos em prol do seu reino.
De biografias falando, e eu li mais do que uma, e também histórias da História desta época, a de D. Afonso IV, ocupa-se, na maioria das suas linhas, com as muito azedas zangas com o seu filho e pretendente ao trono, D. Pedro. Entre muitas intrigas e mesquinhices, perseguiu o filho e D. Inês de Castro, de tal forma que mandou assassiná-la no seu retiro em Coimbra. Se diz também, em muitos manuais da história, que o rei não conseguiu sarar o remorso, e por isso, dois em anos contados depois, morreu sem descanso e sem paz.
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito;
(Luís de Camões, Os Lusíadas – 1572)
Bom, mas estou a escrever sobre o sétimo, porque foi neste dia que ele morreu e é essa a efeméride.
O cognome de “O Bravo” vem-lhe da sua bravura no comando das suas tropas, indo sempre para a frente de combate incitando com o seu exemplo. Do ponto de vista económico deu um grande impulso à marinha, criando a primeira marinha mercante portuguesa e as primeiras armadas que se aventuraram, na descoberta, pela costa de África. Foi no seu reinado que as Canárias foram descobertas.
O seu túmulo está na Sé de Lisboa.
SBF
publicado por voltadoduche às 00:20

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