A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

04
Set 12

O Presidente Francês, François Hollande, antes de ser eleito encheu primeiras páginas de jornais e abriu semanas seguidas os noticiários das televisões portuguesas. Como por magia, nós, os “portugas”, deixamos de ter direito a saber onde anda François Hollande e o que tem feito nestes primeiros meses de Governo. Será que levou avante algumas das medidas revolucionárias que prometeu?

 

Pois é, até parece que a comunicação social portuguesa não quer que saibamos o que se passa por terras francesas.

 

Já aqui tenho demonstrado a minha indignação pelo facto de os “topo de gama” continuarem a transportar os membros do Governo e, por aí abaixo, tudo o que é gestor, a mulher do gestor, presidente, diretor, administrador, secretário, etc., etc.

 

Há uns dias ouvimos, de fugida, notícia de que a administração do Centro Hospitalar de Guimarães, tinha dispensado as viaturas ao seu dispor, telemóveis e outras mordomias habituais nestes casos, provocando uma poupança anual de um milhão de euros para a instituição. Eu até pensei que estava a ouvir mal, fui confirmar e era mesmo verdade.


O Governo do nosso País devia aprender com CA do CH de Guimarães e fazer o mesmo.

 

Voltando a François Hollande, e porque em França a comunicação social é democrática, apreciem, a seguir, alguns exemplos das suas primeiras medidas após tomar posse. Os dados são oficiais, foram publicados no “Le Monde” e recebia-os por e-mail de 3 pessoas diferentes.

 

« - Suprimiu 100% dos carros oficiais e mandou que fossem leiloados; os rendimentos destinam-se ao Fundo da Previdência que se destina a ser distribuído pelas regiões com maior número de centros urbanos de subúrbios mais ruinosos.

- Tornou a enviar um documento (doze linhas) para todos os órgãos estatais que dependem do governo central em que comunicou a abolição do "carro da empresa" provocativa e desafiadora, quase a insultar os altos funcionários, com frases como "se um executivo que ganha € 650.000/ano, não se pode dar ao luxo de comprar um bom carro com o seu rendimento do trabalho, significa que é muito ambicioso, é estúpido, ou desonesto. A nação não precisa de nenhuma dessas três figuras " […]

- Aboliu o conceito de paraíso fiscal (definido "socialmente imoral") e emitiu um decreto presidencial que cria uma taxa de emergência de aumento de 75% em impostos para todas as famílias, líquidas, que ganham mais de 5 milhões de euros/ano. […]

- Reduziu em 25% o salário de todos os funcionários do governo, 32% de todos os deputados e 40% de todos os altos funcionários públicos que ganham mais de € 800.000 por ano. […]»


Resta acrescentar que são só 4 entre dezenas de medidas na mesma direção. As poupanças têm destinos definidos e somam muitos milhares de milhões de euros. 

 

Por aqui, primeiro, lixam-se os mesmos de sempre ou seja, os de menores rendimentos… O “Zé Povinho”. Entretanto, as verdadeiras “gorduras” vão ficando esquecidas.   


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:35

07
Mai 12

A vitória de François Hollande pode vir a ser só, meia (vitória), se os socialistas não ganharem as legislativas do próximo mês de Junho.

 

Já agora, e para que a esperada mudança na Europa seja efetiva e forte, é importante que Hollande tenha apoio maioritário no Parlamento francês. A avaliar pelas declarações conhecidas de vários dirigentes europeus, incluindo da, até agora, poderosa Angela Merkel, as propostas conhecidas do Presidente francês eleito, vão ter acolhimento no sentido de virem a ser enquadradas numa nova política que privilegie o crescimento e a consequente criação de emprego.

 

No caso português, é bom que o Governo saiba aproveitar os novos ventos que do “Eliseu” virão, para que o nosso País possa definitivamente “casar” a consolidação orçamental com a inevitabilidade do crescimento. É tempo da “ementa” deixar de ser uma lista exclusiva de austeridade e passar a incluir alguns itens com “substância” que aliviem o sofrimento dos portugueses.

  

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 15:53

21
Abr 12

Se o socialista Hollande ganhar as presidenciais francesas, muita coisa na Europa pode mudar, ou não!

 

Se o programa eleitoral do candidato mais as promessas de campanha forem levados à prática, a França dará um primeiro e decisivo passo para impor um novo paradigma na política europeia. Mas, como quase sempre acontece em qualquer eleição política, uma coisa é a promessa em campanha e outra, bem diferente, é o exercício do poder.

 

Se François Hollande ganhar podemos caminhar rapidamente para o fim deste ciclo neoliberal.

 

Noutros Países virá também a mudança e pode ser que ainda tenhamos um “Outono” com esperança.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:43

14
Fev 11

  

 

“Livro” de  

José Luís Peixoto

 

Este livro aborda, duma maneira imaginativa e singular, a temática da emigração portuguesa para a Europa democrática por toda a década de 60, entrando nos 70 e até ao 25 de Abril de 1974. Neste caso, o destino emigrante da história é França.

 

A Vila alentejana é, mais uma vez, o local escolhido por JLP para iniciar e acabar, a aventura das personagens da sua obra.

 

A sociedade introvertida e preconceituosa daqueles meados do século XX, levava a que os mais audazes tentassem a sua sorte por terras de França. As razões, havia-as muitas – desde a simples procura de uma vida melhor, do namoro de Adelaide não desejado pela velha Tia Lubélia, passando pela fuga à ida certa para a Guerra Colonial do Cosme e pela paixão desmedida e quase desmiolada de Ilídio.

 

Os episódios dos “saltos”, principalmente na fronteira Portugal/Espanha, avalizam bem os riscos que todos corriam mas, ainda assim, preferíveis, ao Portugal salazarento de então.

 

Vou continuar a acompanhar a obra de José Luís Peixoto porque me dá gosto!

 

A edição é da “Quetzal” e a primeira em Setembro de 2010.

 

Silvestre Félix

 

(Imagem: Capa do livro do site da Quetzal)

 

publicado por voltadoduche às 19:13

08
Dez 10

 

No ECOFIN desta semana, mais uma vez, em conclusões, os emissários de Angel Merck disseram não a tudo. As propostas feitas por vários Estados Membros e pelo Eurogrupo eram, todas elas, numa perspetiva comunitária. A Alemanha não quer emissão de títulos de tesouro europeus nem quer aumento do fundo de estabilidade financeira. Ou seja, mais uma vez, a UE não consegue dar respostas consistentes para contrariar o poder absoluto dos especuladores.

 

É sabido que a Alemanha, e particularmente os bancos alemães, não estão perdedores com a atual situação, mas daí a pôr constantemente em causa os valores maiores da solidariedade da União, vai alguma distância e confirma uma Alemanha nada interessada em partilha, e, antes pelo contrário, só se interessando por ganhos próprios mesmo à custa do sacrifício dos mais fracos.

 

Nesta onda, a senhora tem tido um aliado de peso, Sarkozy no Eliseu de Paris. Estes, em consciência, (digo eu) estão a cavar a sepultura da UE. Só se estão a esquecer duma coisa – É que, muito do seu próprio crescimento nas últimas décadas, aconteceu na razão direta da existência da União.

 

Esta é a outra Europa de quem estamos cada vez mais longe!

 

SBF

publicado por voltadoduche às 17:43

27
Out 10

 

Triste União Europeia, é o título da crónica semanal de Mário Soares no Diário de Notícias e publicada nesta Terça-feira.

 

Começa a ser o entendimento de muitos, em tempo entusiastas da construção europeia, que a UE entrou numa fase decadente e que a derrocada pode – se não inverter rapidamente a atual trajetória – não estar longe. Mário Soares é uma dessas personalidades.

 

O antigo Presidente da República, no seu artigo, chama a atenção para um fato importante e que tem passado um bocado ao lado da comunicação social portuguesa. Os dois “cavaleiros-andantes”, Sarkozy e Merckel, estiveram, há uns dias, reunidos em cimeira com o Presidente Russo. Mário Soares tem dúvidas, e eu também, que os assuntos tratados a três, não tivessem também a ver com a UE mas… o que importa referir é a forma despudorada como os dois, depois de estarem juntos, falaram sobre a necessidade de revisão do Tratado de Lisboa.

 

Claro que as alterações que pretendem vão sempre no mesmo sentido: Reforçar a tendência e, se possível, institucionalizar o diretório Franco-Alemão e os restantes membros passarem à condição de súbditos.

 

Não há dúvida que Portugal tem de arrepiar caminho para, em vez de perder, ganhar soberania entretanto perdida.

 

Esse arrepio tem de ser pela recuperação económica. Temos um deserto para ultrapassar em 2011 e 2012 mas, em 2013, temos que estar a capitalizar a nossa vantagem nas energias renováveis, investigação e produção na área das novas tecnologias, virarmo-nos na direção do Mar e apostar forte na Lusofonia.

 

A União Europeia, para além de triste, está com um futuro cada vez mais duvidoso.

 

Mário Soares desta vez e neste caso, tem razão!

SBF

 

 

publicado por voltadoduche às 01:30

25
Out 10

 

Sarkosy e Merckel, continuam a querer impor aos restantes membros da UE a efetivação de um diretório Franco/Alemão.

 

Pelos vistos, conseguiram pôr em cima da mesa, para discussão na cimeira desta semana, a sua proposta (dos dois) que prevê sanções políticas, aos membros que não cumpram as condições impostas para os PEC’s, designadamente, os limites de deficit.

 

Uma parte considerável dos outros Países membros, como Portugal, embora aceitem a inclusão de novas penalizações financeiras para estes casos, não votarão favoravelmente qualquer possibilidade de redução de soberania, como seria, por exemplo, a retirada de capacidade de voto.

 

Considero acertada a posição de Portugal, de não aceitar a proposta do eixo Franco/Alemão. Hoje, na reunião dos Ministros dos Negócios Estrangeiros no Luxemburgo, Luís Amado defendeu essa NEGA conjuntamente com outros.

 

Já é tempo de fazerem frente a estes dois maiores responsáveis, pela situação decadente em que a Europa de encontra.

 

SBF

(Foto: Google)

publicado por voltadoduche às 16:14

18
Out 10

A Europa, ou pelo menos os mandantes da UE, estão a trilhar caminhos muito negros, não só do ponto de vista económico, financeiro e Estado-Social, mas também, no que diz respeito aquela máxima que, orgulhosamente, os líderes europeus de há 30 anos ostentavam: Sociedade Multicultural.

 

Não faltará muito para que, nas suas “tumbas”, Fernando e Isabel de Aragão e Castela, Manuel, o primeiro, de Portugal – inventores e executantes da “santa” inquisição contra os Judeus – e, mais recentemente, Hitler e seus apaniguados – exterminadores implacáveis de Judeus e outros povos por eles considerados impuros – batam palmas de contentes com as atuais políticas de limpeza étnica levadas a cabo pelo governo francês e, sub-repticiamente, pelo governo alemão.

 

Depois do “tratamento” dado por Sarkozy à comunidade Cigana, traduzido na expulsão de centenas de famílias, vem agora a chanceler alemã afirmar que: “O modelo de sociedade multicultural fracassou” e ainda “ Nós sentimo-nos ligados aos valores cristãos. Quem não os aceita não encontra lugar aqui. (na Alemanha)”.

 

Ou seja, para a sra Merckel, a Alemanha e a Europa, considerando a sua atual posição de mandante, não deve ser mais uma sociedade moderna e aberta a todas as culturas e religiões do mundo mas, ao contrário, voltar a fechar-se sobre si própria, e, porventura, proceder a “limpezas” seletivas para quem não se submeter à ordem vigente.

 

Eu não quero uma sociedade assim!

 

A Multiculturalidade é uma conquista da humanidade e, os seus detratores, devem ser contrariados. O meu amigo, o meu vizinho, o meu colega de trabalho e o meu familiar é só isto e não: cristão, judeu, islâmico, budista, branco, preto ou amarelo. Esta realidade está presente numa grande parte das cidades do nosso País e faz parte da nossa abertura ao mundo que, infelizmente, muitas vezes não coincide com a Europa para lá dos Pirinéus.

 

Em Portugal também há quem pense como o sr Sarkozy e a sra Merckel. O pior é que fazem parte daquilo a que se costuma chamar: “arco do poder” e, por isso, a qualquer momento, podem ter condições para passar do pensamento à prática.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 13:56

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