A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

05
Dez 12

A ideia é mesmo nivelar-nos por baixo. Seja através da redução dos vencimentos, subsídios e pensões, seja pela aplicação de austeridade em tudo o que mexe com dinheiro. Só nos “topo de gama” e noutras mordomias é que não se toca, quanto ao resto, é cortar…cortar, até à nesga mais fininha que se possa imaginar.

 

Com o fim do programa “Câmara Clara”, transmitido na RTP2 diariamente em versão curta, e longa ao domingo à noite com apresentação de Paula Moura Pinheiro, é cumprida mais uma etapa de destruição das opções culturais na televisão ainda pública.

 

Os mandantes, praticamente sem contrariedades, vão conseguindo trilhar os caminhos do empobrecimento dos outros e, duma forma geral, do País. A cultura não encaixa nos padrões tecnocratas vigentes.

 

Um povo culto “pergunta” muito…


Aquelas “cabeças” só estudam (e muito mal) números, estatísticas, percentagens e pouco mais. Os livros de cabeceira são os manuais e ensaios económicos e financeiros publicados por insuspeitos gurus nascidos nas grandes maternidades banqueiras tipo “Goldman”. São lidos religiosamente na tentativa desesperada de cumprirem os desígnios ultraliberais e, pelo menos uma vez, acertarem nas previsões.

 

A cultura é a nossa identidade!


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:17

09
Jul 12
Nestes dias de exames nacionais dos nossos alunos de ciclos intermédios e finais, só ouvimos falar da dificuldade de escolha de cursos com saída profissional. Esta crise não é só económica, também é de valores. A nossa preocupação é corresponder às exigências economicistas desta sociedade que nos vai criando todo o tipo de dependências.
O nosso ensino, a nossa escola, está cada vez mais formatada para criar “cabeças” que façam andar os negócios que o “capital” impõe. A formação superior com mais sucesso é a técnica. O licenciado pode ser inculto mas tem de ser um bom técnico.
A frequência da escola devia ser, em primeiro lugar, absorver cultura. Paralelamente adquiriria competências profissionais para completar uma formação académica consistente.
Os cursos ligados a tudo o que seja cultura estão fora de moda e desvalorizados. Nesta sociedade ultraliberal a cultura é dispensável, e só o facto de o “poder”, duma ou doutra maneira, ter de se confrontar com núcleos culturais que, com muitas dificuldades subsistem, deixam-no nervoso.
Os nossos alunos, os nossos filhos, estão condicionados de todas as formas. Precisam-se alternativas para travar esta tendência de criar “marrões” em vez de “estudiosos”, “burros” em vez de “inteligentes” e “ignorantes” em vez de “cultos”.
Pela cultura na formação académica dos nossos jovens!
Silvestre Félix
publicado por voltadoduche às 17:16

21
Mar 12

De certeza que o seu dileto detetive Jaime Ramos, tantas vezes herói dos seus “policiais” e que eu admiro, não gostaria de o ver e ouvir no papel de principal responsável pela cultura deste País.

 

O discurso é direto e é para o Secretário de Estado da Cultura. Neste dia da poesia não lhe cabem bem, antes pelo contrário, algumas afirmações que vai fazendo por aí e mesmo na Assembleia da República. A “Coleção Berardo” não merece ser tratada com desdém e o seu proprietário também merece respeito. Joe Berardo tem muitos defeitos que a mim não me interessam nada. O que me importa é a sua vertente filantropa e não estou a falar da “arte” que está no CCB que, para mal dos nossos pecados e doutras coisas, tem novo Presidente.

 

O homem que conhecemos como “Joe”, tem por aí, muito mais coisas valiosas espalhadas pelo País à disposição dos olhares de portugueses que se interessam pela cultura.

 

Ao representante máximo da tutela da nossa cultura fica mal entrar “numa” de avaliador. A “Coleção Berardo” foi avaliada em 2005 e é esse valor que conta.

 

Se o Estado alguma vez a quiser adquirir (tem esse direito porque ficou inscrito no contrato mas não é obrigado), que tente negociar mas usando aquela máxima que, “é uma pessoa de bem”.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:33

27
Fev 12

A gala dos Autores da Sociedade Portuguesa de Autores agora transmitida pela RTP é um “enchimento” de ego que só nos faz bem.

 

A par dos prémios e do espetáculo, o palco também serve para os “precisados” recados ao poder. É bom que não se percam oportunidades de os enviar (os recados). Mesmo que o “acesso esteja (sempre) bloqueado” como cantou, no mesmo palco do CCB, Sérgio Godinho, nunca é demais dizer ou gritar que,

 

a Cultura de um País é o “sangue” que lhe dá a vida!


Tudo pela Cultura!

 

Parabéns aos Autores Portugueses!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:49

30
Dez 11

Em Portugal, cada vez mais, se fala quase exclusivamente de economia e finanças a reboque da infindável crise.

 

As forças vivas deste País deviam unir-se e promover todo o tipo de petições, requerimentos e manifestações no sentido de passar a falar-se de cultura nas suas mais variadas vertentes.

 

As nossas televisões, rádios e jornais, só deviam ter direito a publicidade paga na proporção da divulgação cultural transmitida.

 

Abaixo o monopólio da economia e finanças nos nossos órgãos de comunicação social!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 22:23

10
Out 11

Tudo se vai resumindo à força do dinheiro. Quando não se autosustenta, ou seja, quando não dá lucro, é inviável ou, se já existe, extingue-se, funde-se, integra-se ou utiliza-se outras expressões que vão dar ao mesmo.

 

Não há mais nada para além da dívida e da redução do deficit, mesmo que isso represente o caminho para o desastre.

 

Há palavras, expressões ou frases que, alguns, se pudessem, apagavam dos nossos dicionários. A mais flagrante – A CULTURA!

 

Não consigo entender como, duma penada, querem pôr os nossos museus a dar lucro como se fossem balcões a venderem sumos naturais ou farturas quentinhas e bastante óleo da fritura.

 

A nossa sociedade e os nossos valores estão completamente submetidos ao poder do capital que nunca olha a meios para atingir os seus fins. O “polvo” está a despojar-nos de tudo o que, embora devagarinho, nos aproximava dum povo culto. É tudo o que eles não querem. Quanto menos cultura, mais fácil é para levarem a deles avante.

 

Será que a cobrança de entradas nos museus aos Domingos vai resolver o problema da dívida?

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:34

13
Ago 11

Todos sabemos, e já há muito tempo, que a definição de “serviço público de televisão”, é o que se quiser, ou melhor, é o que o Governo que estiver na “cadeira” precisa para justificar a sua política em relação à RTP.

 

Até se podia pensar que desta vez ia ser diferente mas, conhecendo-se a liderança do tal “Grupo” que vai criar a “definição do SPT” ou vai “definir o conceito de serviço público”, está tudo dito.

 

A propósito de indefinição de “serviço público de televisão”, que tem a ver com a completa falta de sensibilidade dos nossos Órgãos de Poder para a importância que a cultura tem para a afirmação de Portugal no mundo, diz Inês Pedrosa em entrevista ao DN – «lamenta que não exista atenção por parte dos primeiros-ministros para a área da cultura Diz ainda a Diretora da Casa Fernando Pessoa que «é inaceitável que o poeta português seja mais conhecido no Brasil, onde até é recitado por taxitas, do que no seu próprio país

 

A ausência na orgânica deste Governo dum Ministério da Cultura é sinal bastante significativo do que vale o nosso “código genético” para os mandantes deste tempo.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:52

18
Jun 11

É uma «lapalissada» afirmar que, se for bem feito, não é essencial que a “Cultura” more num Ministério em vez de Secretaria como acontece no novo Governo mas, que é demonstrativo das prioridades agora definidas, lá isso é!

 

Mesmo em tempo de «vacas-gordas», nem sempre a Cultura foi valorizada pelos nossos governos, quanto mais nesta situação de penúria financeira em que nos encontramos. Dizendo isto não estou a declara-me conformado com a aparente, mas quase certa, subalternização da Cultura nos próximos tempos.

 

Aceitando como desejável a viragem de página que se diz vir a acontecer, para um País com 900 anos de história e um património desaproveitado e abandonado, encaixaria perfeitamente, a par da renovação da agricultura da pesca e das industrias ligadas ao mar, um desenvolvimento cultural muito abrangente.

 

Vamos ver o que Francisco José Viegas consegue fazer pela Cultura nestes tempos de escasso dinheiro. Era bom que nos conseguisse convencer que não ficamos culturalmente mais pobres com a ausência da Cultura no Conselho de Ministros.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:46

16
Dez 10

Todas as pessoas são únicas mesmo quando de gémeos se trata, no entanto, a singularidade de Carlos Pinto Coelho, não só se comprova pela imagem transmitida pela televisão, mas, e principalmente, pelo homem de CULTURA sem limite que, com um íntegro sentido de serviço público, a colocou inteiramente à disposição da LOSOFONIA.

 

É difícil encaixar a sua profissão de sempre, no padrão do atual jornalismo. Que me desculpem os que o são, porque confirmam a regra, mas Carlos Pinto Coelho era outra coisa.

 

O “Acontece” foi acontecimento (passe o pleonasmo) único também. Durante nove anos, diariamente, apresentou e coordenou este magazine cultural na RTP2 que, por razões políticas, foi suspenso. Ficou célebre a frase do Ministro da tutela em 2003: «Sai mais barato pagar uma viagem à volta do mundo a cada espetador do “Acontece”, do que fazer o programa.»

 

Só que este, e muitos outros Ministros, esquecem-se sempre que a CULTURA dum povo não se mede por voltas ao mundo, e, muito menos, com uma máquina de calcular na mão!

 

Carlos Pinto Coelho, com 66 anos, ainda tinha muito para dar à CULTURA, aos portugueses e à FUSOFONIA!

 

Que descanse em PAZ!

 

SBF

 

(Foto: DN Online)


09
Dez 10

A OCDE deu a conhecer esta Terça-Feira, os resultados do «Estudo Internacional de Provas de literacia de Leitura, de Matemática e de Ciências».

A organização indica no relatório deste estudo, que Portugal foi o País que melhorou mais nestas provas da OCDE”. Na verdade, analisando os gráficos, Portugal aparece sempre no topo e no “Desempenho Científico”, é mesmo, o segundo melhor.

À parte das questões técnicas, quando ouvi a notícia, fiquei contente, como cheguei a pensar (como ainda sou ingénuo) que, a maioria dos portugueses iam ficar. São indicadores importantes para o nosso desenvolvimento e não são simplesmente dados económicos, tem a ver com a nossa escola, com a nossa capacidade de aprendizagem, enfim, com a melhoria de preparação para este difícil futuro, dos nossos filhos e netos. Também é uma boa notícia porque nos puxa para cima contrariando a tendência.

 

Mais uma vez me enganei!

 

O resto da manhã, pelo rádio do carro, nos espaços de participação de ouvintes, ouvi do pior que se pode dizer relativamente à OCDE, ao estudo, às escolas, aos alunos e, claro, ao Governo. Houve uma ou outra excepção que confirmam a regra. Naturalmente que os intervenientes nestes programas de “opinião pública”, vozes das estruturas sindicais dos professores e alguns comentadores que ao correr do dia também ouvi, não representam a maioria do povo português, mas, são eles que têm tempo de antena.

Por outro lado, também acho que o Primeiro-Ministro devia ter evitado invadir todas as vagas na comunicação social, para se engalanar de prestígio pelos bons indicadores apresentados pela OCDE. É assunto nacional importante demais para ele usar sozinho o palco daquela maneira. Com a sua cotação em baixo, a primeira consequência, é inversamente proporcional às suas pretensões. Tem efeito de íman com íman – Em vez de atrair, aumenta a distância!

A credibilidade destas organizações internacionais, como a OCDE, depende sempre: Dos resultados que transmitem e de quem aprecia, se é da oposição ou apoiante do Governo. As pessoas, mesmo o mais banal cidadão, não conseguem ser imparciais. Tudo se baseia na simpatia que se tem pelo partido que está no poder.

 

Os mesmos que ontem disseram cobras e lagartos da OCDE ou destes resultados, são os mesmos que daqui a um ano ou dois, quando (eventualmente) o Governo for doutra cor, vão tecer os mais rasgados elogios à mesma OCDE com resultados idênticos.

 

Somos bons alunos e aprendemos bem as lições dos líderes. A demagogia está a atingir, duma forma preocupante, o cidadão comum.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 01:09

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