A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

12
Mar 12

Marcelo Rebelo de Sousa, no habitual comentário de domingo à noite, criticou veementemente Cavaco Silva a propósito do que escreveu recentemente sobre os últimos tempos do governo de José Sócrates.

 

«Há uma minimização dos poderes do presidente a quatro anos do fim do seu mandato»; disse o Professor.

 

Se foi uma quebra de confiança, logo, uma grave irregularidade institucional, o Presidente devia ter demitido o antigo Primeiro-Ministro.

Isto é como nos casamentos;

 

Demitia o Sócrates ou então calava-se, pelo menos, até ao fim do mandato.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 10:15

11
Mar 12

O BPN tem-se revelado um “bico d’obra” e um “saco sem fundo” que ninguém consegue resolver. Todos tentam encontrar ou criar “bodes expiatórios” para a inacreditável situação do falido banco.

 

O atual PS tenta fazer crer que só este Governo é responsável pelos “balões” e prejuízos que o BNP continua a “chupar”, o PSD e o CDS continuam a culpar o PS e o anterior governo pelo que correu mal em consequência da nacionalização.

 

Estes não têm culpa do que herdaram mas, relativamente à nacionalização, é muito fácil “dar prognósticos depois do jogo” – se o governo de Sócrates não tivesse feito nada e, da forma como as coisas estavam a evoluir, os depositantes, com medo da situação, começassem a correr ao BPN e, por contágio, aos outros bancos, para levantarem todo o dinheiro depositado? Como ficávamos? Como ficava o País?


Com este “dirás tu, direi eu”, ninguém já fala dos verdadeiros culpados da situação, os antigos ministros de Cavaco Silva; Oliveira e Costa, Dias Loureiro e restantes comparsas. Os “senhores” continuam sem ser julgados, nem sequer estão presos e estes nossos políticos no ativo esgatanham-se todos por causa do “bife”.

 

Agora, aprovaram mais um inquérito parlamentar onde vamos voltar a assistir ao circo habitual. Vão uns, vão outros e, no fim, fica tudo na mesma – os culpados passeiam-se e gozam todos os prazeres da boa vida com o produto da vigarice…


e o , paga!


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:29

09
Mar 12

Cavaco Silva, desvalorizando completamente a responsabilidade institucional das suas funções e o que se lhe exige, no que respeita à estabilidade da democracia e ao seu desejável papel de árbitro nas relações dos vários intervenientes, escreveu, em prefácio de livro hoje tornado público, palavras, frases e expressões, diabolizando o antigo Primeiro-Ministro José Sócrates duma forma descabida e extemporânea.

 

Em circunstâncias normais, Cavaco Silva ainda será o mais alto magistrado da Nação durante mais quatro anos, não lhe ficando bem referir-se aos protagonistas da governação da maneira como o faz hoje, relativamente a José Sócrates. Mesmo que a razão lhe assistisse por inteiro, que não é o caso, digo eu, não o deveria ter fazer. Muito menos quando os seus telhados de vidro são enormes e também se podem partir.

 

Estou com muita curiosidade em ouvir o que António José Seguro tem a dizer sobre esta “prenda” de Cavaco Silva a José Sócrates.

 

Silvestre Félix


13
Nov 11

Do ponto de vista político, que é o que aqui interessa, tanto dessincronizo com Cavaco Silva como com Pedro Passos Coelho.

 

No entanto, para baralhar a tranquilidade da minha consciência, eis que surgem opções diferentes para o futuro da Europa, defendidas, de cada vez, por cada um deles. Cavaco com uma posição muito crítica relativamente ao Diretório e ao papel do BCE, na resolução da crise. Pedro Passos Coelho, completamente agarrado às opiniões de Angela Merkel e Sarkozy, usando por vezes um “parlapié” como se não fosse Primeiro-Ministro dum País do Sul que, por “acaso”, é Portugal.

 

Pelo que vou entendendo, das múltiplas crónicas e editoriais que vêm falando sobre o tema, tendo a achar que Cavaco Silva está do lado menos errado da questão. Ou seja, dar espaço e tempo aos Países para que usem uma austeridade menos agressiva e, ao mesmo tempo, desenvolvam programas para o crescimento económico. Paralelamente, o BCE deve adquirir livremente dívida soberana de modo a moderar a influência dos mercados especuladores e agiotas, mesmo que a emissão de mais dinheiro (papel), possa alterar a paridade e valor do Euro.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:48

21
Out 11

Confirmando a apetência hipócrita para deitar areia aos olhos dos portugueses, uma catrefada de políticos e afins, correram a tudo o que é microfone e escrita para se pendurarem nas afirmações “cavaqueiras” dos últimos dias, a propósito da proposta do Orçamento de Estado.

 

A “equidade” evocada por Cavaco Silva não o eleva a defensor oficioso dos funcionários públicos como alguns agora querem fazer querer. Há um ano, também contestou o corte salarial imposto à função pública pelo Governo de Sócrates por ser só aos funcionários públicos. Já relativamente à taxa especial que engolirá parte do subsídio de Natal deste ano, como, para além dos funcionários públicos, abrange o resto do pessoal privado, achou muito bem e referiu-se à medida diversas vezes em tom muito elogioso para o Governo.

 

Bem podem os da oposição limpar bem as mãos pela (…) que disseram, porque o que tinha mobilizado Cavaco Silva para um apoio inequívoco a este Orçamento, teria sido a abrangência do corte dos subsídios também aos privados.

 

Já lá vai o tempo em que os funcionários do Estado eram os “parentes pobres da nação”. A função pública, com todo o direito, atingiu níveis se segurança de emprego e de compensação em geral, em muito pouca percentagem igualadas ou ultrapassadas no setor privado. Mesmo assim, neste tempo, a quase totalidade dos desempregados registados não consta que sejam funcionários públicos e, também pelo que se vai sabendo, numa parte considerável das empresas privadas há muito que deixaram de ser “letra” os “contratos coletivos de trabalho” e, pelo menos há dois anos, têm sido feitos muitos acordos de empresa com reduções de salários e subsídios em troca da manutenção dos postos de trabalho.

 

Tudo está errado!

 

“Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão!”

 

Merkel e Sarkozy mandam nisto tudo! Até se dão ao luxo de marcarem e desmarcarem cimeiras…

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:48

05
Out 11

Já não há paciência para os “passados” avisos de Cavaco Silva!

 

Não há discurso ou entrevista ou conversa ou assim-assim, que não venha de lá a habitual lengalenga – “Eu avisei…eu chamei à atenção…eu disse…eu alertei…eu…eu…”.

Pensará, que assim, todos se esquecerão das suas responsabilidades nas opções que direcionaram a sociedade portuguesa para o atoleiro em que se encontra.

 

Continua a referir-se aos ”portugueses”como se a culpa da situação não seja, em exclusivo, dos políticos. Classe de que ele, Cavaco Silva, faz parte.

 

Já não há paciência!

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 19:57

29
Set 11

Não vi em direto a entrevista a Cavaco Silva e, às 11h da noite, quando dei conta da gravíssima falha, (??) fiquei preocupadíssimo! Tinha perdido (???) uma oportunidade única de assistir à “magistratura ativa” em ação.

 

Logo me recompus. Os canais de notícias tinham assunto p’ra noite e estavam todos a falar da mesma coisa: A entrevista do professor. Como é hábito, o que disse à Judite de Sousa, não atrasou nem adiantou e as opiniões dos comentadores, variam entre os que são seus apoiantes e os que não são.

 

Hoje, nos jornais e nas rádios, o assunto foi ocupando a manhã informativa e, de tudo o que fui vendo e ouvindo, incluindo alguns resumos da entrevista, destaco três coisas:

 

- Há 2 ou 3 anos, a mesma pessoa e no mesmo cargo, assustou os portugueses com o anúncio duma comunicação ao País com tal formalidade e “intenção” grave, que todos começamos a pôr a imaginação a trabalhar para tentar adivinhar que desgraça tinha acontecido.– “A montanha pariu um rato.” – Cavaco Silva, diretamente do Palácio de Belém, comunicou-nos que não concordava com uma cláusula ou duas (mera questão administrativa) do proposto “Estatuto Autonómico dos Açores”. 

 

Neste ano de 2011, descobriu-se que o Governo PSD da Madeira tinha ocultado (não orçamentada e não escriturada de propósito) durante vários anos uma elevada dívida. Este facto (grave, como tem sido classificado pela generalidade dos intervenientes) tem merecido, da parte da mesma pessoa e no mesmo cargo, quase nada! As poucas referências que tem feito ao “buraco da Madeira”, têm sido condescendentes e contraditórias com a propagandeada “magistratura ativa”.

 

- Disse que vai convocar o Conselho de Estado para ouvir os conselheiros sobre a “incidência da situação política, económica e financeira” em Portugal. Para quê? Que problemas concretos é que já alguma vez foram resolvidos neste Órgão de Soberania?

 

- O Órgão de que é titular Cavaco Silva, precisava, nesta fase da vida portuguesa, de transmitir confiança aos portugueses. Na presença de constantes contradições dos políticos executivos, no Governo ou na oposição, era, mais do nunca importante, uma postura verdadeiramente independente que, falando verdade, fizesse a diferença e em quem pudéssemos acreditar.

  

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:24

23
Mai 11

«É preciso trabalhar melhor e poupar mais»

 

Esta é a frase preferida do Presidente da República nos últimos tempos. Só que, quando a diz (a frase), está a dirigir-se à generalidade dos portugueses. Foi o que aconteceu na última comunicação ao País transmitida pelas televisões e, pelos vistos, o registo continua a ser o mesmo porque hoje voltou a usar a mesma terminologia.

 

O senhor professor está equivocado. Pode dizer isto e muito mais mas tem de se dirigir aos verdadeiros culpados da situação complicada que se vive em Portugal.

 

Cavaco Silva pode e deve falar, principalmente, para os políticos com responsabilidades de (má) governação nos últimos 25 anos. Eu compreendo que seja embaraçoso porque inclui parte dos seus governos mas, alguns dos nossos maiores problemas de hoje, começaram ainda na década de oitenta e evoluíram pela de noventa.

 

É completamente “ao lado” repetir esta frase ou esta ideia falando para todos os portugueses. É entendido como nos esteja a culpar a todos e que devemos poupar aquilo que já não temos – O dinheiro.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 18:53

22
Mar 11

Mário Soares, na habitual crónica de Terça-feira no Diário de Notícias, apela a Cavaco Silva para que quebre a sua barreira de silêncio e intervenha junto dos partidos afim de evitar a queda do Governo e consequentemente, a paragem do País durante dois ou três meses até que se realizem eleições.

 

Cavaco Silva não vai ligar nenhuma a Mário Soares e, nem que fosse o Papa a pedir-lhe, faria alguma coisa para travar ou inverter o caminho que as coisas estão a levar. Quem faz um discurso como o da tomada de posse não pode estar mais de acordo com a queda do Governo. Aliás, a clareza com que expressou a sua oposição (excessiva) à ação governativa, despoletou o arranque decisivo para o fim de Sócrates como Primeiro-Ministro.

 

Esta permanente incerteza em que temos vivido no último ano, sobre se o Governo cai ou não, é desgastante, sendo preferível acabar com isto duma vez. O que me angustia é que o resultado das eleições, muito provavelmente, não vai resolver o problema da qualidade da maioria, e a questão é – absoluta ou relativa – seja lá qual for, dos dois, o mais votado. Os portugueses estão cansados dos nossos políticos, dos partidos e de tudo o que cheire a política. Sentem-se enganados e têm razões de sobra para isso. Nos últimos tempos, os políticos têm sido inimigos de si próprios porque criaram todas as condições para que as populações desconfiem de todas as instituições do nosso Estado democrático.

 

Independentemente de todos os problemas económicos e financeiros, é urgente restaurarmos a confiança dos portugueses nas instituições democráticas. Saltitam por aí muitos adeptos de “manhãs de nevoeiro” com um D. Sebastião montado num cavalo branco para salvar a “Pátria”. Há adeptos e há candidatos, por isso, é imperioso devolver credibilidade à nossa democracia.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:58

13
Mar 11

Neste fim-de-semana, a classe política portuguesa, tem dado sucessivas provas de que não merece o mínimo de consideração por parte dos cidadãos pagadores.

 

Com o péssimo contributo de Cavaco Silva, proferindo um discurso que mais parecia de líder da oposição do que de Presidente da República, ficaram criadas todas as condições para, mais uma vez, sempre em “meias-tintas”, se contestar a ação governativa. Como diz o Professor Jorge Miranda em entrevista ao Diário de Notícias de hoje, «O presidente tem de tirar as consequências do seu discurso». É isso mesmo, quem diz do Governo ou da sua ação, o que ele disse, não pode deixar andar como se não tivesse acontecido nada. Assuma as suas responsabilidades e dissolva a Assembleia. Porque não o faz? Tem todas as ferramentas para isso.

 

Passos Coelho não pode ficar à espera que Sócrates faça o que ele quer, ou seja, “declarar que não tem condições e apresente a demissão”. O Primeiro-Ministro já disse várias vezes que não o faz e, se não o fez na passada 4ª feira depois daquele discurso do PR, nunca mais o fará.

 

Se o PSD se revê no discurso de Cavaco Silva, se não concorda com as últimas medidas anunciadas pelo Governo, mesmo que estejam de acordo com a sua correligionária do PP Europeu, Chanceler da Alemanha e, na prática, líder da UE, então, que se chegue à frente, crie condições na Assembleia para mandar o Governo embora e vá para eleições. Também têm medo? De quê? Se não querem ou se não o podem fazer, então não travem a ação do Governo.

 

A discordância não é exclusiva do PSD. Não haverá um único português que esteja de acordo com estas ou quaisquer outras medidas de austeridade.

 

Do que se precisa é de alternativas… De bazófia estamos nós fartos!

 

Silvestre Félix


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