A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

28
Ago 12

A uma semana do início da Cimeira Luso-Brasileira em Brasília, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, adiou-a por razões que, pelo menos publicamente, ainda se desconhecem. O Expresso adiantou que a presidente tomou esta decisão por achar que o evento podia ser prejudicado pelo escândalo “Mensalão”.

 

Uma decisão destas, ainda por cima sendo o País anfitrião a tomá-la, há de ter motivos muito fortes não me parecendo ser o caso do indicado pelo semanário.

 

Esta Cimeira tinha o “valor acrescentado” de coincidir com o início do Ano de Portugal em Brasil que, mesmo assim, terá a sua cerimónia de abertura sem o Primeiro-Ministro, mas, como tudo leva a crer, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.


Em Portugal, ficamos à espera que Dilma se explique.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:00

25
Ago 11

Mais uma “Golden Share” eliminada.

 

O Estado português deixou de ter qualquer poder na EDP. Este setor estratégico nacional está agora à mercê do desregulado poder do dinheiro.

 

Os alemães e franceses estão à espreita e podem muito bem vir por aí abaixo à “babuja” da privatização que eles próprios, na sua pele de diretório, criaram.

 

Oxalá os brasileiros da “Eletrobras” se antecipem e dêem sentido à “economia da Lusofonia”. Tem tudo a ver, até porque a EDP tem grande implantação no Brasil.

 

E assim se estão a ir os anéis…vamos ver até quando conseguimos aguentar os dedos…

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:55

31
Mar 11

Nestes dias em que nos obrigam a comer doses sucessivas de intervenções dos “inteligentes”, de Divida Soberana, de Deficit, de Juros e sei lá mais o quê, desde que seja mau, foi um balão de oxigénio ter a oportunidade de ouvir pequeninas passagens dos discursos de Lula da Silva.

 

As nossas televisões deram bem mais destaque à visita do Príncipe Carlos e à da Cornualha do que à do Ex-Presidente Lula e à atual Presidenta Dilma.

 

No entanto tiveram sempre o cuidado de transmitir aqueles momentos únicos de televisão:

 

Sempre que o repórter conseguia chegar perto de um dos dois visitantes, mesmo que já tivessem perguntado dez vezes, lá vinha a sacramental pergunta. «O Brasil vai comprar dívida portuguesa?» Triste espetáculo! Parece ser a única coisa que interessa às nossas televisões.

 

Esta dupla visita, na comunicação social portuguesa, devia ter sido destacada pelo simbolismo histórico e de realidade fraternal que une Portugal e o Brasil e, por sua vez, ao restante mundo Lusófono.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 12:11

10
Mar 11

 

Em declarações à Rádio Renascença, Ramos Horta, Presidente de Timor-Leste, declarou que vai propor a constituição de uma aliança entre Países da CPLP, designadamente: Timor-Leste, Angola e Brasil, com o objetivo de comprar dívida pública portuguesa a juros muito mais baixos do que os mercados estão, neste momento a exigir a Portugal.

 

Acrescenta ainda que não é por uma questão de filantropia, é de solidariedade mas também porque se trata de um bom negócio. Neste momento, Timor-Leste, por força da Lei que regula as suas receitas do petróleo, tem de subscrever títulos de tesouro Norte-Americanos na percentagem de 90% a um juro muito inferior, ou seja, Dili está a perder dinheiro. Mais ou menos a mesma coisa estará a acontecer com o Brasil.

 

Timor-Leste e Ramos Horta não se esquecem do apoio que o povo português lhes deu aquando da sua luta pela independência da Indonésia.

 

Não sabemos se tudo isto fica pelas intenções, mas que faz muito bem ao ego da lusofonia, lá isso faz.

 

Alguém ainda acredita que fazemos parte de uma união (União Europeia)? Até podemos fazer, mas a expressão – solidariedade – foi riscada de todos os dicionários europeus!

 

Silvestre Félix

 

(Foto: DN Online)

publicado por voltadoduche às 17:36

08
Fev 11

Do outro lado do Atlântico, da querida cidade do Rio de Janeiro, vem um exemplo maior de solidariedade.

 

Após a destruição, pelas chamas de um implacável incêndio, das instalações e do recheio de três das principais “Escolas de Samba” que dão corpo ao maior e mais admirado espetáculo no mundo, o Carnaval do Rio, gerou-se, de imediato, uma onda solidária das restantes “Escolas”, que, poucas horas depois da desgraça, se reuniram e assumiram a responsabilidade coletiva de recuperarem, nestes 29 dias que faltam para o desfile, a representação com dignidade das “adversárias” atingidas pelo desastre.

 

O exemplo retrata bem o saudável espírito competitivo do desfile das Escolas de Samba, em cada Carnaval, na cidade maravilhosa. Os Cariocas podem não se dar conta, mas eles são únicos e, para quem ainda tinha dúvidas, aí está a prova.

 

Silvestre Félix


14
Jan 11

 

As imagens dramáticas que nos vão chegando da tragédia que se abateu sobre a zona serrana a norte do Rio da Janeiro, deixam-me com um nó na garganta.

 

As cheias acontecem por todo o lado, mas com este grau destruidor em bens e principalmente em vidas humanas, são autêntica catástrofe.

 

A nossa relação com o Brasil e com os brasileiros, faz com que nos sintamos amargurados e tristes com a situação.

 

Que a chuva pare e que os sobreviventes tenham força para recuperarem deste pesadelo.

 

As vítimas que descansem em paz!

 

Silvestre Félix

 

(Foto: Sapo)

publicado por voltadoduche às 01:02
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02
Jan 11

 

A autenticidade de Lula da Silva põe em sentido qualquer um!

 

O Brasil de hoje, no mundo, dá cartas, vai a jogo e ganha sempre. Desde Fernando Henrique Cardoso que o País galgava muitos níveis e rating’s nas mais variadas disciplinas do desenvolvimento. Mas, foi só com Lula da Silva, que o Brasil bateu sucessivos recordes de crescimento consolidado com reflexo no aumento do nível de vida dos brasileiros. Ao mesmo tempo, aplicou reformas profundas nas mais variadas vertentes da sociedade e capitalizou de forma surpreendente o seu carisma na diplomacia universal. Com o Presidente Lula, o Brasil atingiu posições nunca pensadas nem sequer imaginadas, até há menos de uma década.

 

O Brasil de Lula da Silva, visto do exterior, apresenta-se como uma das grandes economias emergentes e a um passo de atingir o estatuto de grande potência no tabuleiro das nações desenvolvidas.

 

Todos os que gostamos do Brasil e dos brasileiros, estamos a fazer votos para que o legado de Lula da Silva tenha em Dilma Rousseff uma competente recebedora para dele fazer o devido uso em benefício de todos os brasileiros.

 

Para já, o discurso de posse da Presidenta, mostra força e muita objectividade nas intenções. Quanto aos resultados, vamos esperar para ver.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 12:43

29
Nov 10

 

O que aconteceu a 29 de Novembro de 1807, faz hoje 203 anos, iria condicionar a vida portuguesa pelo século XX fora e, muito provavelmente, alguns dos problemas nos nossos dias, já no século XXI, ainda serão herança desse esvaziar do tesouro nacional.

Há já mais de meio século que tinha acabado o efémero período de faustosa riqueza que o ouro do Brasil tinha proporcionado aos poderosos deste País, como é exemplo o Real Convento de Mafra mandado construir por D. João V. Em 1807, 52 anos depois do terrível acontecimento nacional que foi o terramoto de 1755, Portugal vivia num limbo pobretanas em que só o edificado e as aparências douradas da coroa, destoavam da miséria abundante que se espalhava pelas cidades e pela ruralidade.

Até este dia ventoso de Novembro, o poder era exercido no meio dos disparates proferidos por uma Rainha louca, D. Maria I, por um Príncipe Regente que viria a ser D. João VI, a Consorte D. Carlota Joaquina que, diziam as más (e boas) línguas, encornava o marido a torto e a direito, e, fora do âmbito familiar, pelo domínio militar Inglês muito reforçado pela fúria conquistadora de Napoleão Bonaparte.

O Imperador francês exigia que Portugal encerrasse os portos aos ingleses, D. João dizia “nim” conseguindo enganar durante algum tempo Napoleão, e, no âmbito da aliança Anglo-Portuguesa, ou a seu pretexto, uma armada Inglesa se instalou ao longo da costa e, em Terra, muita infantaria e artilharia se aquartelou.

Foi com o Reino nesta situação e sem ceder às pretensões francesas, que o Imperador, depois de ter posto no “bolso” a grande Espanha, se decidiu pela invasão do minúsculo território de Portugal. Mandou 30 mil homens comandados por Junot, e, na manhã de 29 de Novembro, estava a duas léguas de Lisboa.

 

«As forças de Junot aproximavam-se de fato muito rapidamente da capital, mas continuava a soprar um vento adverso que mantinha a frota ancorada. Os navios portugueses, agora perigosamente sobrelotados, balançavam para um lado e para o outro. Um medo indizível espalhava-se pelo convés das embarcações – o da possibilidade muito real de serem apanhados no porto pelos franceses.»(1)

 

Mas não, isso não aconteceu e…

 

«Na manhã de 29 de Novembro o vento mudou. Às sete da manhã foi dada ordem para levantar âncora. Parara de chover e, com céu limpo, os navios, balanceando, desceram o Tejo até à barra.» (2)

 

E partiram Atlântico abaixo em direção ao Brasil, donde só voltariam 14 anos depois.

 

Para trás ficou um País abandonado, despojado das suas riquezas, descapitalizado e entregue à sua sorte, neste caso, aos franceses e ingleses e, no cais e nas suas proximidades, um rasto de destroços e restos da bagagem real como se de lixeira se tratasse. A biblioteca real da Ajuda composta por sessenta mil volumes ficou espalhada pela lama, caixotes e caixotes de documentos, mapas e outros livros, alguns deles, edições únicas e datados da época das descobertas, coches luxuosos vazios mas alguns ainda cheios de recheios retirados dos palácios.

Claro que, a maior parte das riquezas, incluindo o “Tesouro Real”, com pelo menos metade da moeda em circulação e todo o espólio de diamantes e ouro, não ficaram para trás e viajaram até ao Brasil.

 

Desde este dia, Portugal não voltou a recompor-se mas isso é outra história.

 

SBF

 

(Notas: (1) e (2) Extraído do livro “Império à Deriva” de Patrick Wilchen. Edição da “Civilização”)

(Gravura: Partida da Frota Real. – Wikipédia)


02
Out 10

 

Por todas as razões que sabemos, o Brasil é como se fosse também a minha terra. Tenho a certeza de que se lá vivesse, me sentiria tão brasileiro como os brasileiros.

 

Já era um grande País, mas, nesta última década, coincidindo com a presidência de Lula da Silva, o Brasil passou de País emergente a emergente potência económica. O Brasil de Lula, desenvolveu-se como não se viu em nenhum outro sítio e tirou da miséria dezenas de milhões de brasileiros.

 

No próximo Domingo os brasileiros vão escolher novo Presidente. Como toda a gente, espero que Lula tenha um sucessor à altura e que, daqui a dez anos, possamos estar aqui a fazer a mesma prosa.

 

SBF

publicado por voltadoduche às 00:45

01
Mai 10

 

 

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, foi eleito pela revista Time, o líder mais influente do mundo.

 

A surpresa é geral, acostumamo-nos a ver sempre o presidente norte-americano, seja ele qual for, no primeiro lugar desta tabela.

 

Como português e lusófono, fico muito orgulhoso deste destaque para Lula da Silva e para o Brasil.

 

SBF

 

(Foto: Wikipédia)

publicado por voltadoduche às 19:11

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