A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

31
Out 12

 

 

Os discursos que foram escritos e lidos, as palavras que foram ditas, os fatos e gravatas que foram vestidos, os topo de gama que os levaram, as colónias, after shave e os perfumes que botaram, nada têm a ver com a realidade da vida dos portugueses.

 

Para 2/3 dos deputados o que mais interessa é ganhar o debate, ficar bem no filme e na fotografia. 

 

À medida que o País empobrece, mais se alarga a distância entre o cidadão comum e a nossa classe política.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:06

26
Out 12

 

Não posso deixar de aceitar que, depois das bordoadas que no último ano temos levado, de vez em quando, dou por mim a concordar com posições do BE. Reconheço essa realidade mas a verdade é que não me revejo na maioria das opiniões dos bloquistas.

 

Introduzida a minha “declaração de interesses”, elejo como o mais destacado acontecimento político dos últimos tempos, a renúncia de Francisco Louçã ao mandato de deputado na Assembleia da República. É uma lufada de carácter e de boa cidadania. Louçã achou que a sua intervenção política ativa tinha chegado ao fim e fez o contrário do que muitos outros fazem.

 

O nosso Parlamento sem Louçã fica muito mais pobre. Para além de singular tribuno onde não faltava aquela ironia apimentada de saudável humor, foi protagonista das mais vivas e proveitosas discussões parlamentares dos últimos 13 anos.

 

Neste lamaçal político para onde fomos atirados por prestações partidárias incompetentes, e ao contrário do que sentem muitos portugueses, sobre o “tachismo” a inutilidade dos deputados duma forma geral, Francisco Louçã será daqueles que ficará inscrito com letras grandes, nos anais da nossa democracia parlamentar.  

 

Os exemplos bons devem ser reconhecidos e divulgados!


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 15:48

19
Out 12

Com “brilhante” “segurança” aparelhada, os da bancada que apoiava e suportava o anterior governo, botam discurso como se não tivessem o poder até há pouco mais de um ano, com toda a responsabilidade inerente.

 

Já não tenho paciência para ouvir a reação dos partidos da oposição a seguir a qualquer notícia política com alguma relevância. Vejam se conseguem meter «o guizo no pescoço do gato». Se não conseguem, não vale a pena falarem, falarem…, sem dizer nada.

 

Falta de paciência e irritação também me dá aquele que o primeiro escolheu para ministro da economia e mais não sei quê. Em vez de anunciar e explicar as supostas medidas de incentivo ao crescimento da economia, vem, outra vez, com a provocação escrita. Mas quem é que ele pensa que é, para, cada vez que discursa na AR, fazer questão de, literalmente, provocar as bancadas da oposição usando sempre uma linguagem desapropriada. É verdade que aquela história da “festa” a propósito das obras nas escolas, proferida pela antiga ministra da educação, foi muito mau e não dá para entender o que lhe passou pela cabeça naquele momento. Mas este ministro não tem ponta por donde se lhe pegue. Será aceitável para distribuir sorrisos ou escrever livros técnicos, mas para ministro…ainda por cima da economia e emprego, valha-me deus!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 15:18

02
Out 12

 

Há acontecimentos e eventos que, de muito importantes, passam a insignificantes pela repetição e uso sem critério devidamente apurado.

 

Sem pôr em causa a bondade e a justiça da intenção, começar a pedir a demissão do Governo a menos de ano e meio de funções, apoiado por maioria na Assembleia da República, com apoio presidencial e sem manifestar, o próprio, a mínima vontade de o fazer, descredibiliza quem o pede porque não vai corresponder à expectativa criada e banaliza um facto político que, só por si, quando acontece, tem a maior importância para a vida dos portugueses.  

 

Por esta hora, a direção da CGTP, estará a alinhar os pormenores de mais uma greve a que, desacertadamente, insiste em chamar de “geral”. Para muita gente é difícil admitir mas, sem concertarem com a UGT, não tem greve geral. Será sempre parcial e com resultados mínimos. Também neste caso corremos o risco de banalizar o termo – greve geral.

 

Outro exemplo é a moção de censura ao Governo. Neste caso são duas e, para além de mais algum tempo de intervenção política dos proponentes, não vai sair censura ao Governo porque as moções nunca serão aprovadas. Na verdade, a verdadeira censura ao Governo e à generalidade dos políticos instalados, tem sido muito bem feita nas ruas das nossas cidades e, principalmente, no último dia 15 de Setembro.  

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:09

07
Mar 12

Continuo a encarar com alguma expetativa os debates quinzenais na Assembleia da República com a presença do Primeiro-Ministro.


Invariavelmente, após as primeiras intervenções “vai-se” o interesse, e a expetativa fica resumida a um enfadonho espetáculo em que cada “ator” tenta, buscando os melhores recursos ao seu dispor, representar melhor que o outro.

 

Os temas e assuntos que preocupam a generalidade dos portugueses, raramente fazem parte dos “textos” e das “deixas”. Os protagonistas, sendo bons atores e especialistas no improviso, repetidamente desrespeitam os guiões e vão debitando as “falas” que mais aplausos arrancam à “plateia”.


«Palavras, leva-as o vento…»


Silvestre Félix 

publicado por voltadoduche às 16:58

06
Ago 11

Mas qual é o problema de alguém do grupo parlamentar do PSD ter ligado ao “112” para aferir o tempo de atendimento?

 

O problema é que, mesmo embrulhados nesta crise, continuamos a constatar a existência de organismos do Estado que se acham acima de qualquer crítica e que não admitem estarem ao serviço dos cidadãos, a quem têm que prestar contas, sejam eles Deputados ou varredores.

 

Justificam-se os críticos desta ação parlamentar que “as chamadas falsas para o 112 constituem um ilícito e eventualmente um crime”. Só que a chamada não resultou no estabelecimento de nenhum contacto e, em qualquer dos casos, é abusivo e despropositado, confundir isto com uma chamada falsa com as características que nós conhecemos.

 

Não estamos em tempo de mesquinhice e de criar “bolhas” onde elas não existem.

 

Se isto tivesse acontecido há três ou quatro meses e se o GP fosse o do PS, eu escreveria a mesma coisa.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:47

27
Jul 11

E os nossos digníssimos deputados lá conseguiram arranjar duas semanitas de férias.

 

Muito “mau sinal” dão a

quem não tem férias porque tem de trabalhar

e a quem não vai de férias porque não tem onde trabalhar.

 

Falando em “mau sinal”, também o é, aumentar o número de administradores para a nova administração da Caixa Geral de Depósitos, ainda por cima, alguns bem conhecidos por estarem na primeira fila da ascensão de Passos Coelho.

 

Outro “mau sinal” são as derrapagens que se vão detetando nos diversos ministérios. “Mau sinal” reforçado são os gritos ao “vento” de alguns ex-governantes tentando minimizar a situação.

 

Silvestre Félix


13
Jul 11

Os senhores Deputados não abrem mão das férias.

 

Qual nova legislatura?

Qual memorando da Troika?

Qual lixo da Moody’s?

Qual crise?

Qual interesse nacional?

 

O que interessa é garantir pelo menos duas semanitas de férias. O trabalho é muito… e, por isso, precisam de ir a banhos para regressarem em condições de resolverem todos os problemas desta Nação quase milenar que, incessantemente, clama pelos bons ofícios destes dedicados “servidores”.

 

Desculpem se me enganei… as exceções confirmam a regra!

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 10:31

21
Jun 11

Há muito tempo que não assistia a uma sessão parlamentar pela TV com gosto. Tal como se previa, a questão do Presidente da Assembleia ficou resolvida rapidamente e com uma votação favorável significativa e com direito a um aplauso de todas as bancadas.

 

Assunção Esteves foi de facto uma boa escolha e merece estar onde está.

 

O PSD desembaraçou-se bem da situação confrangedora de ontem. «Há males que vêm por bem» e «para grandes males, grandes remédios», é o que se pode dizer sobre o que aconteceu hoje no Parlamento Português.

 

No Palácio da Ajuda assistimos ao outro lado do início do novo ciclo político. Tudo como previsto, declarações dos que entram e dos que saem sem reparos, discurso do Primeiro-Ministro empossado com um vocabulário diferente, contrastando bem com o gasto e repisado palavreado do Presidente da República. À medida que Cavaco Silva teimava em continuar com o arrazoado, alguns dos novos Ministros lá iam disfarçando a necessidade de abrir a boca em sinal do sono que aquelas palavras lhes sugeriam.

 

Aqueles dois ou três que no exterior se esforçavam para contestar o que lá dentro se passava, deram a nota do ridículo a que alguns continuam a prestar-se.

 

Silvestre Félix


20
Jun 11

Era uma derrota anunciada e perfeitamente escusada.

 

Pedro Passos Coelho, se ainda não tinha percebido, ficou hoje a saber que peso tem o CDS de Paulo Portas na coligação. A esta hora estará ciente que no dia-a-dia da governação tem de ter sempre em conta Paulo Portas.

 

Esta história da eleição do Presidente da Assembleia da República, ficou mal ao líder do PSD mas, quem fica muito pior no filme é Fernando Nobre. O Deputado (candidato), logo que viu não ter a eleição garantida e antes pelo contrário, devia ter poupado o PSD e Pedro Passos Coelho a este constrangimento, retirando a sua candidatura.

 

O curioso é que nos últimos dias, alguns dos que botam faladura nas televisões, davam como ultrapassado o problema admitindo que o CDS votaria com a bancada do PSD. Ainda hoje, já depois de concluída a votação mas antes de se saber o resultado, mais do que um dos repórteres televisivos no local, achava que o processo estaria concluído dali a alguns minutos com a eleição de Fernando Nobre.

 

Fernando Nobre, com esta chegada à política, destruiu a sua imagem e a da AMI e, neste caso da (não) eleição para Presidente da Assembleia, prestou um mau serviço ao PSD, ao contrário do que disse Miguel Macedo na sua declaração final da sessão de hoje.

 

Por outro lado, a Assembleia e os seus deputados, prestaram um bom serviço à democracia não escolhendo para cargo tão importante, quem não queriam eleger.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 21:31

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