A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

31
Mar 12

O Partido Socialista chegou ao fim de semana com a “candeia às avessas”.


Como disse António Costa, a extemporânea «discussão de questões estatutárias do partido» não deixa o PS, bem na fotografia. Os portugueses reclamam que se gaste energias noutras matérias que não sejam só internas do PS; que o maior partido da oposição sirva de eficaz alternativa para as medidas mais gravosas do Governo; e que passem para “fora” uma imagem de organização credível e capaz de assumir as suas responsabilidades.

 

Também não fica nada bem ao PS descartar-se com alguma frequência do passado recente. Cometeram-se erros que devem ser reconhecidos e assumidos e também capitalizar os sucessos que os houve e não foram poucos.

 

O líder, António José Seguro, sempre teve muita dificuldade em lidar com a herança. Não nos podemos esquecer que, após as últimas eleições, quando Sócrates acabava de reconhecer a derrota e anunciava no mesmo momento o seu afastamento de liderança, Seguro, no outro canto da sala, já confirmava a sua candidatura ao lugar que ia ficar vago.

 

Espera-se, os portugueses esperam do Partido Socialista responsabilidade e que, no seu lugar, faça o trabalho certo sem ter de descartar o passado. Deixem as lutas “intestinas” para um período mais calmo que, todos queremos, venha a acontecer daqui a “uns tempos”.


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 18:57

29
Mar 12
Comissão Europeia, de quando em vez, esquece-se que tem coisas importantes para tratar e decreta diretivas e outras obrigações para os Estados membros que não lembra ao diabo.
Ainda não há muito tempo, lá em Bruxelas, os mangas de alpaca inventaram aquele novo alojamento para galinhas poedeiras de oito assoalhadas, três casas de banho, despensa, arrecadação, cozinha equipada e certificado energético atualizado. Tudo leva a crer, independentemente dos protestos da generalidade dos países, que a diretiva vingou e, quem não cumpra, será penalizado.
Com menos sucesso dos burocratas que envolvem a Comissão e “comem” em Bruxelas, uma outra extraordinária ideia, felizmente, não foi avante. Vejam só! Os “inteligentes” queriam alterar as regras da salga do bacalhau. Lembraram-se de impor o uso de fosfatos em químico, em vez do sal ancestralmente utilizado pelos pescadores portugueses.
Soube-se hoje que se deram mal. Porque a “brilhante” proposta foi chumbada ainda na Comissão, podemos, por enquanto, ficar descansados e continuar a comer o bacalhau salgado à nossa maneira.

Silvestre Félix
publicado por voltadoduche às 21:04

25
Mar 12

Muitos erros se cometeram durante os governos de Sócrates e estarão sempre associados à crise da dívida pública, à vinda da troika, à hipoteca temporária de soberania, mesmo que este resultado, em parte considerável, tenha sido provocado por fatores estranhos à governação socialista. Imediatamente foram penalizados nas urnas, como se usa nas democracias e, no meio dum “oceano” de normalidade, Passos Coelho toma posse com uma carteira invejável de “créditos” que, entretanto, já estão esgotados.

 

Por muito que tentem, os que estão agora “na mó de cima”, não conseguirão transformar as coisas boas dos seis anos de Sócrates, em obras do diabo. O certo seria corrigir o que disso precisasse, parasse o que errado fosse, seguido, desenvolvido e melhorado o que de bom se encontrasse. Mas não! Basta vir do anterior Governo para logo ser mau até “à última potência”.


A reabilitação das escolas e a gestão da “Parque Escolar” precisaria de algumas correções e ajustamentos aos constrangimentos financeiros deste tempo mas, sustentar uma campanha condenatória como a que está a correr não é “cem por cento” honesto. Todos sabemos que o que tem sido “libertado” do relatório do TC aparece completamente descontextualizado e induz em erro quem lê e quem ouve. É preciso ler tudo, as linhas e as entrelinhas, ir ao terreno, saber como era antes e como é depois das obras, conhecer as explicações (igualmente ao dispor da comunicação social) justificativas das verbas gastas e, acima de tudo, ouvir as comunidades escolares e familiares abrangidas pelo programa de reabilitação.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:37

22
Mar 12

O Tribunal de Contas é das instituições mais respeitáveis deste País e os seus acórdãos deviam ser sempre considerados à letra, mas que diabo, neste caso decorreram dois anos desde o pedido do respetivo “visto prévio”. Para os dias que correm é tempo demais.

 

O anúncio do abandono do projeto TGV Caia-Poceirão foi feito em grandes parangonas como se de uma grande vitória nacional se tratasse. Era o “enterramento” duma bandeira do último Governo e isso já bastava para o regozijo.

 

Mas bem me parece que “a montanha pariu um rato”. Soube-se há minutos que o Comissário dos Transportes afirmou hoje em Bruxelas, após reunião em que participou o Ministro Álvaro Santos Pereira, que a Comissão chegou a um entendimento com o Governo de Portugal para avançar com a ligação ferroviária, mas mais lenta. A velocidade, ainda assim, alta, será de 200-250 Kms/h. Será assim, um “TGV-MENOS“.

 

Não dava para perceber como se deitavam à rua os fundos já disponibilizados pela UE e como se deixava o “comboio da Europa”, na fronteira. Haveria sempre qualquer coisa a fazer e, neste caso, o ganho com a menor velocidade é a grande redução de custos de funcionamento, designadamente em energia, mantendo intactas as vantagens da ligação a Espanha e à Europa.

 

Em conclusão; Vai haver comboio de velocidade alta (em vez de 350 será de 250 Kms/h), bitola europeia para passageiros e carga, entre Caia, Sines e Poceirão e logo, até Lisboa, correspondendo aos interesses da Europa, de Espanha e de Portugal.


O resto é circo político e não interessa para nada.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 16:24
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21
Mar 12

De certeza que o seu dileto detetive Jaime Ramos, tantas vezes herói dos seus “policiais” e que eu admiro, não gostaria de o ver e ouvir no papel de principal responsável pela cultura deste País.

 

O discurso é direto e é para o Secretário de Estado da Cultura. Neste dia da poesia não lhe cabem bem, antes pelo contrário, algumas afirmações que vai fazendo por aí e mesmo na Assembleia da República. A “Coleção Berardo” não merece ser tratada com desdém e o seu proprietário também merece respeito. Joe Berardo tem muitos defeitos que a mim não me interessam nada. O que me importa é a sua vertente filantropa e não estou a falar da “arte” que está no CCB que, para mal dos nossos pecados e doutras coisas, tem novo Presidente.

 

O homem que conhecemos como “Joe”, tem por aí, muito mais coisas valiosas espalhadas pelo País à disposição dos olhares de portugueses que se interessam pela cultura.

 

Ao representante máximo da tutela da nossa cultura fica mal entrar “numa” de avaliador. A “Coleção Berardo” foi avaliada em 2005 e é esse valor que conta.

 

Se o Estado alguma vez a quiser adquirir (tem esse direito porque ficou inscrito no contrato mas não é obrigado), que tente negociar mas usando aquela máxima que, “é uma pessoa de bem”.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:33

20
Mar 12

A maneira desprendida como os governantes se referem ao destino dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo é, no mínimo, escandaloso.

 

A privatização não é a salvação dos ENVC! A decisão é “sacudir a água do capote” vendendo mais um dos anéis. É o último grande estaleiro, o que resta da nossa, quase ancestral, indústria naval. Pelo menos, desde o século XIII, que do Pinhal de Leiria saía a madeira para a construção das embarcações que haviam de levar os portugueses aos quatro cantos do mundo. Foi por essa época que nasceram os primeiros estaleiros de construção e reparação naval de Portugal.

 

Desta feita, seis séculos depois, outros se encarregaram de acabar com esta “sabedoria” nacional. O “fim” foi iniciado na segunda metade dos anos oitenta do século passado com a “destruição” da Lisnave e Setenave e agora, outra vez pela mão do Estado, assistimos ao golpe de misericórdia com o abandono dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

 

«Esaú, vendeu-se por um prato de lentilhas!»

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 15:58

19
Mar 12

Toda a gente sabe e há muito, que o petróleo não voltará a ser barato. Os produtores das ramas e os intermediários do negócio até ao consumidor final vão continuar a usufruir dos chorudos lucros durante mais duas ou três décadas, pelo menos.

 

Quem não produz e só consome, tem de se chegar à frente e encarar como desígnio, arranjar alternativa. A solução não passará por voltar ao carvão vegetal pelo que não se pode deitar fora o trabalho pelas energias renováveis feito por anteriores governos, mesmo que tenham sido doutra “cor”.

 

Em vez de declarar “conformidade” com o constante aumento dos combustíveis, o nosso Primeiro-Ministro, deve afirmar-se apoiante do trabalho já feito e empenhar-se no reforço de tudo o que vá no sentido de reduzir a nossa dependência energética.

 

Até ao “anterior governo”, estávamos no TOP universal deste trabalho, e agora?


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 17:11

17
Mar 12

Eu estava lá e vi Ximenes Belo sair do edifício do aeroporto, tomar lugar no descapotável, a partir do qual saudaria todos os milhares de portugueses que o esperavam ali e ao longo do trajeto a percorrer pela cidade de Lisboa.

  

Na pessoa do Bispo de Díli transmitíamos a nossa solidariedade a todo povo de Timor-Leste. Era grande a emoção e tínhamos tomado as “dores” dos timorenses que, por terem escolhido ser independentes, sofreram às mãos dos militares de Suharto e das suas milícias todo o tipo de humilhações; os seus mortos e feridos e a total destruição do País.

 

Estávamos no fim do século XX, 1999 e as constantes manifestações dos portugueses de apoio aos irmãos timorenses não tinham paralelo. Com o nosso apoio e de todo o mundo, Timor-Leste restaurou a sua independência a 20 de Maio de 2002 com a eleição livre do primeiro Presidente, Xanana Gusmão.


Hoje, quase dez anos depois, decorreu a primeira volta da eleição do terceiro Presidente do mais jovem País do universo da LusofoniaTimor-Leste!

 

Um viva aos timorenses!


Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 18:54

16
Mar 12

Otelo é uma referência histórica que deve ser respeitada e até valorizada!

 

No entanto, o comportamento verbal do herói de Abril quando lhe metem um microfone à frente e se refere à “atitude” das Forças Armadas nacionais, face à situação atual do País, é altamente reprovável. Lamento profundamente que Otelo tenha parado no tempo e não se aperceba das mudanças que aconteceram em Portugal.

 

Hoje, com a “raspagem” constante na nossa independência e com todas as incertezas quanto ao futuro, a existência dumas Forças Armadas vigilantes e operacionais, podem garantir, no limite, a nossa soberania mas, esta conformidade, não é compatível com o que Otelo, mais uma vez, disse.

     

Silvestre Félix


15
Mar 12

O ministro que “veio do outro lado do mundo” continua querer parecer-se a “batido” militante, “atacando” diretamente na Assembleia, líderes parlamentares e partidários numa onda muito pouco técnica como lhe compete, preferindo um tom agressivo completamente despropositado no momento, no local e, por isso, esvaziando por completo qualquer sentido de Estado que se lhe exige.

 

A razão da sua razão perde valor e importância como, aliás, vem acontecendo com algumas das áreas que, a pouco-e-pouco, vão fugindo da sua responsabilidade.

 

Observando bem algumas expressões faciais nas bancadas à direita enquanto o “homem que desceu do frio” falava, percebemos como têm medo das “calinadas” que esse “homem” possa dizer.

 

Silvestre Félix

publicado por voltadoduche às 23:01

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