A volta das voltas. Chegamos, partimos e lá voltamos sempre!

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Out 11

“Enquanto Salazar Dormia…” não se fez muita coisa que ele não soubesse. O ditador tinha, por sua conta, muitos olhos e ouvidos que não deixavam que se passasse nada sem que ele viesse a saber – obra de Domingos Amaral, publicado a primeira vez em 2006, retrata bem o que era Portugal e, muito particularmente, Lisboa, durante a Segunda Guerra Mundial. À Capital portuguesa chegam refugiados aos milhares. A cidade transforma-se, dum momento para o outro, no porto seguro de Judeus, homens de dinheiro, atores e atrizes e, especialmente, os espiões mais valiosos dos países beligerantes. De todos, a maioria passava por Lisboa que servia de ponto de trânsito para viagens mais longas, quase sempre para o outro lado do Atlântico. Os espiões vieram e ficaram. O livro de Domingos Amaral trata exatamente destes, dos espiões.

 

Salazar, para garantir que se sairia bem, independentemente de quem ganhasse a guerra, tolerou estes ativos, mas, a dada altura pôs, descaradamente, a PVDE a trabalhar para os serviços secretos alemães. Mesmo assim, quando confrontado com os protestos ingleses, teve sempre que ceder.

 

A narrativa é entusiasmante e muito bem entrançada entre os interesses da espionagem e dos amores e desamores do herói da história que, 50 anos depois e já muito velho regressa a Lisboa para assistir ao casamento do neto, ouvinte predileto das suas aventuras.

 

Domingos Freitas do Amaral nasceu em 1967 na cidade de Lisboa, é escritor, jornalista e diretor da revista GQ.

 

“Enquanto Salazar Dormia…” foi publicado pela “Casa das Letras” em 2006 e em 1ª edição da BIS (bolso) em Julho de 2010.

 

Silvestre Félix

 

(Gravura: Capa do Livro do site do autor)

publicado por voltadoduche às 16:40

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